segunda-feira, 31 de agosto de 2009

José Alexandrino de Sousa - As Sete Palavras de Nosso Senhor Jesus Christo na Cruz


José Alexandrino de Sousa, nasceu na cidade de Pouso Alto aos 21 dias de setembro de 1896
e morreu no dia 23 de maio de 1960. Compositor de grande inspiração melódica é ainda pouco conhecido, sendo tocado na semana santa de São João del Rei pela Orquestra Ribeiro Bastos e em Aiuruoca pela Corporação Musical São Vicente de Paula. Foi executa por 3 vezes no Sardoal, em Portugal sob a regência do maestro Miguel Borges e adaptação para banda de música. Essa gravação foi feita ao vivo na semana santa de Aiuruoca. Nada profissional a gravação, o coro um pouco desfalcado, mas mesmo assim dá pra ter uma noção da beleza da peça. Espero que gostem. Infelizmente vão ter que baixar palavra por palavra, pois no site onde foi postada está assim.

1ª Palavra - Pater, dimitte illis.
2ª Palavra - Hodie mecum.
3ª Palavra - Mulier, ecce filius tuus.
4ª Palavra - Deus meus, Deus meus.
5ª Palavra - Sitio.
6ª Palavra - Consummatum est!
7ª Palavra - In manus tuas.

BRASIL BARROCO - Vox Brasiliensis



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AMÉRICA PORTUGUESA - Armonico Tributo

América Portuguesa

Composições do período colonial brasileiro (séculos XVIII e XIX), de diversos autores: Damião Barbosa de Araújo, Cap. Manoel Dias de Oliveira e J.J. Emerico Lobo de Mesquita, entre outros.
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Direção: Edmundo Hora
Coro e Orquestra Armonico Tributo



1. Sinos - Quarto Livro do Segundo Noturno das Matinas do Antigo Ofício dos Mortos
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O cd começa com o toque de sinos e a leitura de um trecho do Livro de Jó, da Bíblia, serve como introdução ao Memento Baiano
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2. Damião Barbosa de Araújo (l778-l856) - Memento Baiano
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O compositor foi um dos grandes expoentes da música brasileira quando da vinda de D. João IV ao Brasil. Baiano, ele seguiu para o Rio de Janeiro a convite do monarca. A obra é um memento, música utilizada principalmente para cerimônias fúnebres, e tem um estilo clássico na melhor linha de Haydn. O belíssimo solo de clarinete de Mônica Lucas faz dela uma jóia musical.
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3. Manuel Dias de Oliveira (1738-1830) - Offertorium ”Justus ut Palma”
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O musicista mineiro produziu uma pequena obra-prima. O ofertório era parte da missa e deveria ser executado na hora de incensar o altar. O barítono Juliano Buosi executa com virtuosismo a peça.
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4. Marcos Coelho Neto (1787) - Himno a 4 ”Maria Mater Gratie”
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A autoria desta peça é polêmica, pois com esse nome dois músicos, pai e filho, trabalharam nas igrejas mineiras. Tanto um como outro primavam pelo talento. Trata-se de uma peça de grande sensibilidade estética.
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5-6. Anônimo (Salvador-BA) (1759?) - ”Herói, Egrégio, Douto, Peregrino” (Cantata Acadêmica)
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De autoria desconhecida, provavelmente do compositor baiano Caetano Melo de Jesus, a obra é marcadamente inspirada no estilo italiano e era uma modalidade muito comum na época, a cantata, um poema profano musicado —difere-se da ópera porque essa última narra uma história e contém uma estrutura teatral e a outra é apenas um poema musicado. A cantata era geralmente composta na língua do autor do libreto. O texto é uma peça de propaganda a serviços de um poderoso da época, o desembargador José Mascarenhas —coisa comum também na Europa daquela época. Se deixarmos a letra de lado e nos ativermos ao belíssimo solo da soprano Elizabeth Ratzerdorf e ao acompanhamento primoroso da orquestra Amonico Tributo, perceberemos que estamos diante de uma obra-prima da música barroca, uma das raras peças neste estilo cantada em português que sobreviveu ao tempo.
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7. Joaquim José Emerico Lobo de Mesquita (1787) - Antiphona de N. Senhora “Salve Regina”
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É um dos mais conhecidos e brilhantes compositores do período. Nascido em Minas Gerais, destacou-se no Rio de Janeiro, tendo ensinado música ao famoso José Maurício Nunes Garcia, o mais destacado compositor do período. A obra emociona por sua sensibilidade e contrição.
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8-36. Luís Álvares Pinto (1719-1789) - Te Deum
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O pernambucano é um dos pioneiros da música erudita brasileira. Seu Te Deum, tipo de cântico entoado no final das missas de domingo e em festas, é um show de técnica. Alternando trechos de música gregoriana com peças vivas, ricamente musicadas, em total sintonia com as peças polifônicas da Europa desta época, o Te Deum é de uma exuberância sonora encantadora. O conjunto é fenomenal, mas vale citar parte do Judex Crederis (Cremos que voltarás, em português, trecho comum a todos os Te Deum que costuma encerrar a obra). Principalmente as faixas 29 —Salvum fac populum tum et benedic hereditati tuae, Dominae / Salva teu povo e abençoa tua Herança, senhor— e 31 —Per singulos dies Benetictimos te / Dia a dia te glorificaremos e louvaremos-te— do cd. O Te Deum encerra com chave de ouro o disco.
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CD-1
CD-2

Mestres do Barroco Mineiro - vol II (séc.XVIII)



1 Antifona de Nossa Senhora (Salve Regina) - Lobo de Mesquita (4:36)

2 Credo - Ignacio Parreira Neves (14:02)

3 Maria Mater Gratiae (hino a 4) - Marcos Coelho Netto (4:07)

4 Novena de Nossa Senhora do Pilar - Francisco Gomes da Rocha (16:48)


O período áureo da mineracao em Minas Gerais, que produziu monumentos arquitetônicos como as igrejas de envergadura de Aleijadinho, foi tambem de extraordinaria fertilidade musical, embora paradoxalmente obscuro. O eminente musicólogo Francisco Kurt Lange teve o mérito de reunir e preservar documentos de valor inestimavel, onde a musica religiosa de modelo europeu foi assimilada por músicos mineiros, na maioria mulatos. Esse disco (volume dois) foi gravado por Irineu Garcia em 1958 com participacao da Orquestra Sinfonica Brasileira e a Associacao do Canto Coral e interpretam obras da autoria de Jose Joaquim Emerico Lobo de Mesquita , Marcos Coelho Netto, Francisco da Rocha e Ignacio Parreira Neves.


JOSÉ MAURICIO NUNES GARCIA: Missa de Santa Cecília e Matinas de Finados


José Mauricio Nunes Garcia (1767-1830)
  • Missa de Santa Cecília (1826)

I. Kyrie

II. Gloria - Et in terra pax

III. Laudamus Te

IV. Domine Deus

V. Qui tollis -Qui sedes

VI. Quoniam

VII. Cum Sancto Spiritu

VIII. Credo - Patrem omnipotentem - Et incarnatus est

IX. Crucifixus - Et resurrexit

X. Sanctus - Benedictus

XI. Agnus Dei

Associação de Canto Coral

Orquestra Sinfônica Brasileira

Edoardo de Guarnieri, regente

Zilda Lourenço, soprano

Lucille Boy Sandra, mezzo-soprano

Isauro Camino, tenor

Juan Carlos Ortiz, baixo

DOWNLOAD:
part 1
part 2
part 3


  • Matinas de Finados (s. d.)

I. Credo quod

II. Qui Lazarum

III. Domine, quando

IV. Memento mei

V. Hei mihi

VI. Ne recorderis

VII. Peccantem me

VIII. Domine, secundum

IX. Libera me

Associação de Canto Coral

Betty Antunes, órgão

Cleofe Person de Mattos, regente

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Pe. JOÃO DE DEUS CASTRO LOBO: Missa e Credo para 8 vozes


Pe. João de Deus Castro Lobo (Minas Gerais, 1794-1832)
Missa e Credo para Oito Vozes


1. KYRIE
2. Christe
3. Kyrie
4. GLORIA
5. Laudamus
6. Gratias
7. Domine Deus
8. Qui tollis
9. Qui sedes
10. Quoniam
11. Cum Sancto Spiritu
12. Amen
13. CREDO
14. Et incarnatus
15. Crucifixus
16. Et resurrexit
17. SANCTUS
18. Hosanna
19. Bebedictus
20. Hosanna
21. AGNUS DEI
Camerata Rio de Janeiro
Henrique Morelenbaum , regente
Associação de Canto Coral
Cleofe Person de Mattos, direção artística
Maurílio Costa, preparação do coral
Lúcia Valadão, soprano
Lúcia Elisabeth Dittert, mezzo-soprano
Mário Tolla, tenor
Maurílio Costa, baixo
DOWNLOAD:

TEMPUS NATIVITATIS: José Maurício Nunes Garcia e canto gregoriano


Tempus Nativitatis

A História do Nascimento de Jesus através dos Graduais do Padre José Maurício Nunes Garcia e Canto Gregoriano

1 Virgo Dei Genitrix (José Maurício Nunes Garcia)
2 Hodie scietis (Gregoriano)
3 Hodie Nobis (José Maurício Nunes Garcia)
4 Tecum principium (José Maurício Nunes Garcia)
5 Benedictus (Gregoriano)
6 Viderunt omnes (Gregoriano)
7 Dies Santificatus (José Maurício Nunes Garcia)
8 Unam petii (Gregoriano)
9 Difusa est gratia (Gregoriano)
10 Speciosus forma (Gregoriano)
11 Omnes de Saba venient (José Maurício Nunes Garcia)
12 Alleluia, Angelus Domini (José Maurício Nunes Garcia)
Coral dos Canarinhos de Petrópolis
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Marco Aurélio Lischt, regência
PART 1 (1-6)
PART 2 (7-12)

ANTONIO DOS SANTOS CUNHA: Responsórios para o Ofício da Sexta-Feira Santa

Antonio dos Santos Cunha (17??-18??)
Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa
Agora que o mundo finalmente abriu os olhos para os tesouros das artes plásticas e arquitetônicas do final do séc. XVIII da região de Minas Gerais, O Ensemble TURICUM revela toda o esplendor da música de Antonio dos Santos Cunha. Ela constitue uma amálgama excepcional de ópera italiana com a melancolia portuguesa e a ternura tropical brasileira, dando aqui vida a uma maravilhosa música profunda e expressiva.
Ensemble TURICUM
Martina Fausch, Vera Ehrensperger, Annette Labusch, sopranos
Elizabeth Bachmann, contralto
Luiz Alves da Silva, Beat Mattmüller, contratenores
Reto Hofstetter, Frédéric Gindraux, tenores
Thomas Moser, barítono
Flávio Matias, baixo
Mathias Weibel, Monika Baer, Giulio d’Alessio, Renate Steinmann, Susanna Hefti, Mario Huter, violinos
Kaspar Singer, Hristo Kouzmanov, violoncelos
Matthias B. Frey, violone
Rogério Gonçalves, fagote
Lorenz Raths, Patrik Gasser, trompa
Daniel Rüegg, órgão
Direção: Luiz Alves da Silva e Mathias Weibel

DOWNLOAD:
Leia o artigo de Edílson Rocha e saiba mais sobre Antonio dos Santos Cunha aqui.

ANDRÉ DA SILVA GOMES: Ofertórios



André da Silva Gomes (1752-1844)

  • Ofertórios, para coro e baixo contínuo. (1810/1811)

O musicólogo Régis Duprat localizou e catalogou a obra de André da Silva Gomes (1752-1844), bispo que por mais de 50 anos foi mestre-de-capela em São Paulo, na Catedral da Sé e em outras irmandades da capital. Ofertórios registra o resultado destas pesquisas de Duprat com a interpretação do Madrigal UMESP sob a regência de Fábio Henrique Silva.


1. Ad te Levavi

2. Deus tu Convertens

3. Benedixiste Domine

4. Confortamine

5. Laetentur Coeli

6. Exaltabo

7. Scapulis Suis

8. Meditabor

9. Justitiae Domine

10. Laudate Dominum

11. Confitebor tibi... in Toto

12. Improperium

13. Ascendit Deus

14. Mihi Autem Nimis


Madrigal UMESP

Cravo: Kenny Pereira, Jorge Zacharias, Regina Schlochauer

Regência: Fábio Henrique Silva

PART 1 (1-7)

PART 2 (8-14)

José Maurício Nunes Garcia - OFFICIUM 1816



Antônio dos Santos Cunha (17xx? - 18xx?) - Missa a 5 Vozes



“Música Sacra no Campo das Vertentes”, foi gravado ao vivo em 21 de abril de 1981, em Ouro Preto, MG, quando esta cidade recebia o título de Monumento Mundial, numa apresentação em homenagem a Amadou-Mahtar M’Bow, Diretor Geral da UNESCO. Regência de José Maria Neves.

Os integrantes da Orquestra e Coral Ribeiro Bastos, desde sua fundação em 1790 aproximadamente, sempre foram moradores de São João del-Rey e cidades vizinhas, cada um com sua profissão, que se reúnem com missão de cultivar e preservar o “Barroco Mineiro”. Para esta apresentação foram convidados o soprano Marly Spiller, o contralto Maria Antonieta Andrade, o tenor Ricardo Tuttman e o barítono Ataíde Beck.

Os 84 integrantes desta apresentação memorável são alfaiates, comerciantes, ferroviários, estudantes, industriários, do lar, advogados, militares, funcionários públicos, professores, contabilistas, músicos militares, bancários, tipógrafos, pintores, bombeiros hidráulicos, datilógrafos, costureiras, gráficos, operários, enfermeiras, modistas, hoteleiros, secretárias, pedreiros e cabeleireiros, como se pode ver nas imagens que anexo, escaneadas do LP.

“Missa A 5 Vozes”, de Antonio dos Santos Cunha (17xx? - 18xx?)

Gravado ao vivo em 21 de abril de 1981, em Ouro Preto, MG, quando esta cidade recebia o título de Monumento Mundial.

1. Kyrie
2. Gloria/Laudamus/ Gratia agimus
3. Domine Deus/Qui tolli
4. Qui sedes/Quoniam
5. Cum Sancto Spiritu

Orquestra Ribeiro Bastos
Regência de José Maria Neves

BAIXE AQUI - DOWNLOAD HERE

Brasil en el tiempo de la colonia

Ignacio Parreiras Neves (1736-1794)

Nasceu em Vila Rica, morrendo na mesma vila. Ingressou em 1752 na Irmandade de S. José dos Homens Pardos, na qual atuou como tenor até o fim da vida, e como regente a partir de 1792. Foi regente, de 1776 a 1782 na Igreja de N. Sra. das Mercês de Baixo. - Credo - faixas 01 a 06.

José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
A produção e a qualidade de suas obras fizeram dele um dos mais importantes compositores do Brasil, na época de colônia de Portugal. Nasceu na Freguesia da Sé, nos arredores do Rio de Janeiro e era filho de Apolinário Nunes Garcia e Vitória Maria da Cruz, um casal de mulatos. Suas avós eram escravas. Este legado africano seria a fonte de muitas humilhações que sofreu em sua vida e carreira. Recebeu educação musical dos padres da Sé, e, de acordo com eles, “tinha prodigiosa memória musical; reproduzia tudo o que ouvia, tocava o cravo e a viola sem nunca tê-los aprendido”. Em 1791, apesar de seu defeito físico, foi admitido em ordens, tornando-se um padre da Sé. Logo, era responsável pela música religiosa na igreja. Em 1798, com a morte de Lopes Ferreira, o mestre de capela da Sé, assumiu sua posição. - faixas 07 e 08.

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746-1805)
O maior dos compositores mineiros nasceu na Vila do Príncipe (atual Serro Frio), em 12 de outubro, e morreu no Rio de Janeiro em abril. Mulato, filho de Joseph Lobo de Mesquita e de sua escrava Joaquina Emerenciana, foi libertado por seu pai ao nascer. Iniciou-se em música com o padre Manuel da Costa Dantas, mestre-de-capela da Matriz de Nossa Senhora da Conceição do Serro, participando ainda criança das atividades musicais na Matriz. Antes de 1776, mudou-se para o Arraial do Tejuco (atual Diamantina). Em fins de 1783 ou início de 1784, foi admitido como organista na Matriz de Santo Antônio e, em 17/1/1789, ingressou na Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Alistou-se no Terço de Infantaria dos Pardos, onde chegou à patente de Alferes. Com o declínio da mineração, deixou o Arraial e a Ordem do Carmo em meados de 1798, residindo durante um ano e meio na capital da Província, Vila Rica (atual Ouro Preto). Trabalhou como regente para a Irmandade do Santíssimo Sacramento, sediada na matriz de Nossa Senhora do Pilar, no período 1798-1799, e também para a Ordem Terceira do Carmo. Em meados de 1800, abandonou Vila Rica, mudando-se para a capital da colônia, o Rio de Janeiro. De dezembro de 1801 até sua morte, foi o organista da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, no Largo do Carmo (atual Praça XV) - Te Deum - faixas 09 a 23.

BRASIL EN EL TIEMPO DE LA COLONIA

Música del Pasado de America (vol. 3)

Camerata Barroca de Caracas. Regente: Isabel Palacios, 1991

01 - Credo: Patrem Omnipotentem
02 - Credo: Sacramentus
03 - Credo: Et Resurrexit
04 - Credo: Sanctus
05 - Credo: Benedictus
06 - Credo: Agnus Dei
07 - Immutemur Habitu
08 - Inter Vestibulum
09 - Te Deum: Te Dominum
10 - Te Deum: Tibi omnes
11 - Te Deum: Sanctus Dominus
12 - Te Deum: Te Gloriosus
13 - Te Deum: Te Martyrum
14 - Te Deum: Patrem Immensae
15 - Te Deum: Sanctum Quoque
16 - Te Deum: Tu Patris
17 - Te Deum: Tu Devicto Mortis
18 - Te Deum: Judex Crederis
19 - Te Deum: Salvum Fac
20 - Te Deum: Per Singulus Dies
21 - Te Deum: Dignare Domine
22 - Te Deum: Fiat Misericordia
23 - Te Deum: Non Confundar

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17°, 18° e 19° Festivais de Juiz de Fora

Finalmente, a oportunidade de ouvir obras raras e importantes da história da música brasileira. Os CDs trazem três peças orquestrais bem interessantes de José Maurício (que forma, com Villa-Lobos e Carlos Gomes, os “3 Bs” da música brasileira). Mas a maior curiosidade, pelo menos para mim, está na primeira sinfonia composta no Brasil, de autoria do austríaco Sigismund Neukomm. Foi escrita no Rio em 1821 e é engraçado pensar que essa obra tão haydniana foi composta apenas 3 anos antes da 9ª de Beethoven.
CD 1:
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Sinfonia no. 34, em dó menor, K. 338
I. Allegro vivace
II. Andante, di molto piu tosto allegretto
III. Allegro vivace
Sinfonia no. 38, em ré maior, K. 504, “Praga”
I. Adagio - Allegro
II. Andante
III. Presto
João de Deus de Casto Lobo (1794-1832)
Abertura em ré maior
João de Souza Carvalho (1745-1798)
“L’amore industrioso”, Abertura
Orquestra Barroca do 17º Festival de Música Colonial Brasileira e Antiga de Juiz de Fora, em instrumentos de época
Luís Otávio Santos, regente

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CD 2:
Franz Joseph Haydn (1732-1809)
Sinfonia no. 104, em ré maior, Hob. I/104, “Londres”
I. Adagio - Allegro
II. Andante
III. Minueto
IV. Finale: Spirituoso
Carl Phillip Emanuel Bach (1714-1788)
Sinfonia em ré maior, Wq. 183
I. Allegro di molto
II. Largo
III. Presto
José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
Abertura em ré maior
Sinfonia fúnebre
Abertura “que expressa relâmpagos e trovoadas”
Orquestra Barroca do 18º Festival de Música Colonial Brasileira e Antiga de Juiz de Fora, em instrumentos de época
Luís Otávio Santos, regente

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CD 3:
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Sinfonia no. 35, em ré maior, K. 385, “Haffner”
I. Allegro con spirito
II. Andante
III. Minueto
IV. Presto
Sigismund Neukomm (1778-1858)
Sinfonia para grande orquestra
I. Andante maestoso - Allegro
II. Minueto
III. (sem indicação de tempo)
IV. Allegro
Orquestra Barroca do 19º Festival de Música Colonial Brasileira e Antiga de Juiz de Fora, em instrumentos de época
Luís Otávio Santos, regente

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Padre José Maria Xavier (1819-1887) - Ofício de Trevas, vol. I


Padre José Maria Xavier (São João del-Rei, 23 de agosto de 1819 - São João del-Rei, 22 de janeiro de 1887), foi um compositor brasileiro. Filho de João Xavier da Silva Ferrão e Maria José Benedita de Miranda. Realizou estudos de música, canto, clarineta e violino, com o tio, o compositor e prof. Francisco de Paula Miranda.
São conhecidas mais de cem obras de José Maria Xavier, muitas de grandes dimensões, conservadas em arquivos de manuscritos musicais de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Suas Matinas do Natal foram editadas na Alemanha e são raro exemplo de música sacra oitocentista mineira com partitura impressa. É autor de obras para o Ofício de Ramos, os Ofícios de Trevas e Sexta-Feira Maior que são tocadas até hoje nas celebrações da Semana Santa em São João del-Rei.
Em 1872, recebeu a Medalha de Prata da V Semana Industrial Mineira como prêmio por suas obras. São muitas as referências a ele em obras literárias e históricas, assim como em relatos de viagens e diários. D. Pedro II a ele se refere em seu diário e menciona admiração pela obra do compositor, ouvida em uma de suas viagens (1881) e considerada a melhor obra mineira que conheceu.
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Ofício de Trevas - Vol. 1
Matinas de Quinta feira Santa 
01 - Antiphona Zelus domus tuae
02 - Responsorio I - In Monte Oliveti 
03 - Responsorio II - Tristis est anima mea
04 - Responsorio III - Ecce vidimus
05 - Responsorio IV - Amicus meus
06 - Responsorio V - Judas mercator pessimus
07 - Responsorio VI - Unus ex discipulis meis 
08 - Responsorio VII - Eram quasi agnus innocens
09 - Responsório VIII - Una hora
10 - Responsorio IX - Seniores populi
Matinas de Sexta-feira Santa 
11 - Antiphona Astiterunt reges terrae
12 - Responsorio I - Omnes amici mei
13 - Responsorio II - Velum templi scissum est
14 - Responsorio III - Vinea mea electa mea
15 - Responsorio IV - Tamquam ad latronem
16 - Reaponsorio V - Tenebrae factae sunt
17 - Responsorio VI - Animam meam
18 - Responsorio VII - Tradiderunt me
19 - Responsorio VIII - Jesus tradidit impius
20 - Responsorio IX - Caligaverunt oculi mei
Laudes de Sexta-feira Santa
21 - Antiphona Posuerunt super caput ejus 
22 - Christus factus est

Padre José Maria Xavier (1819-1887) - Ofício de Trevas - Vol. 2


“A tradição que envolve o ofício é antiqüíssima. Esta denominação de Trevas está envolvida num contexto ritualístico, extremamente rico em simbologia, e merece uma justificativa litúrgica. Desde o séc. VII, celebra-se com orações as exéquias do Senhor. No séc. VIII, a liturgia franco-romana já conhecia o apagar das luzes durante o ofício. Desde o séc. XII, o nome “Ofício de Trevas” indicava a oração noturna (matinas e laudes) do ofício divino nos três dias que antecedem o Domingo da Ressurreição. As matinas e laudes rezadas seguidas contam 14 salmos, nove leituras (incluindo três lamentações do profeta Jeremias) e nove responsórios. É “de trevas” pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente as 14 velas em memória das trevas que cobriram a Terra na morte do Senhor. Para esse fim, é usado um candelabro triangular com 15 velas.

A vela da ponta, a décima quinta, representa o Cristo. As outras representam os onze apóstolos e as três Marias. Segundo vários autores medievais, apagar uma vela após cada salmo significa o abandono de Jesus por seus seguidores, principalmente no horto. A liturgia antiga colocava a última vela acesa atrás do altar para trazê-la de volta mais tarde, talvez ao amanhecer, simbolizando assim a morte do Senhor; em São João del-Rey (MG) esta tradição permanece intocada. Em Portugal, a décima quinta vela no alto do candelabro é conhecida como galo ou galo das trevas.

No final do ofício, cantado em latim, era costume fechar os livros com força exagerada ou bater os pés no chão com veemência, simbolizando o terremoto que acompanhou a morte de Jesus e a destruição de Jerusalém.”

Avicenna apresenta o Segundo volume do “Ofício de Trevas”, composto pelo Padre José Maria Xavier (1819-1887, S. João del-Rey, MG), com a Orquestra e Coro dos Inconfidentes, regidos pelo Maestro Marcelo Ramos, gravado na Sala Sérgio Magnani, Palácio das Artes, Belo Horizonte, em dezembro de 2005.

OFÍCIO DE TREVAS - VOL. II

1. Matinas de Sábado Santo - Antiphona
2. Matinas de Sábado Santo - Responsorium I
3. Matinas de Sábado Santo - Responsorium II
4. Matinas de Sábado Santo - Responsorium III
5. Matinas de Sábado Santo - Responsorium IV
6. Matinas de Sábado Santo - Responsorium V
7. Matinas de Sábado Santo - Responsorium VI
8. Matinas de Sábado Santo - Responsorium VII
9. Matinas de Sábado Santo - Responsorium VIII
10. Matinas de Sábado Santo - Responsorium IV
11. Matinas da Ressureição - Invitatório
12. Matinas da Ressureição - Responsorium
13. Matinas da Ressureição - Responsorium II
14. Matinas da Ressureição - Laudes do Tempo Pascal
15. Matinas da Ressureição - Antiphona Final
16. 8ª Leitura de Sábado Santo - Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)

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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) - Te Deum & Requiem


Te Deum das Matinas de São Pedro, CPM* 92, foi criado em 1809. Quatro anos antes o Pe. José Maurício fora nomeado Mestre de Capela da Catedral do Rio de Janeiro e, a partir de 1805, envolveu-se afetivamente com Severiana Rosa de Castro, com quem teve 6 filhos. Ao compor o Te Deum, tinha suas necessidades básicas satisfeitas: financeiramente ganhava bem, a ponto de manter uma escola de música gratuita em sua casa, profissionalmente era o Mestre de Capela da Catedral, o máximo que podia aspirar e, emocionalmente, amava e sentía-se amado. O Pe. José Maurício só podia agradecer ao Criador, louvando-o com um Te Deum. A força e a exuberância dos seus sentimentos podem ser sentidas na faixa 5: In Te, Domine, speravi: non confundar in æternum (Em Vós esperei, Senhor, jamais serei confundido).

Te Deum & Requiem - Pe. José Maurício Nunes Garcia

01. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 1. Te Deum Laudamus
02. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 2. Te Ergo Quae Sumus
03. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 3. Æterna Fac
04. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 4. Dignare Domine
05. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 5. In Te Domine Speravi
06. Requiem CPM 185: 1. Introitus
07. Requiem CPM 185: 2. Kyrie
08. Requiem CPM 185: 3. Graduale
09. Requiem CPM 185: 4. Dies Iræ
10. Requiem CPM 185: 5. Ingemisco
11. Requiem CPM 185: 6. Inter Oves
12. Requiem CPM 185: 7. Offertorium
13. Requiem CPM 185: 8. Sanctus
14. Requiem CPM 185: 9. Benedictus
15. Requiem CPM 185: 10. Agnus Dei
16. Requiem CPM 185: 11. Communio
Coro e Orquestra Sinfônica da UFRJ. Regente: Ernani Aguiar.

BAIXE AQUI O CD

16° Festival de Juiz de Fora - Lobo de Mesquita - Missa em Fá, nº 2

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746-1805)
01. Missa em Fá Maior - 1. Kyrie
02. Missa em Fá Maior - 2. Gloria
03. Missa em Fá Maior - 3. Cum Sancto Spiritu
04. Missa em Fá Maior - 4. Credo
05. Missa em Fá Maior - 5. Et Incarnatus
06. Missa em Fá Maior - 6. Et Resurrexit
07. Missa em Fá Maior - 7. Sanctus
08. Missa em Fá Maior - 8. Sanctus
09. Missa em Fá Maior - 9. Benedictus
10. Missa em Fá Maior - 10. Agnus Dei
Francesco Durante (Itália, 1684-1755)
11. Litania A Quatro voci
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
12. Ladainha A Quatro
Florêncio José Ferreira Coutinho (Vila Rica, 1750-1819)
13. Laudate Pueri Dominum

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Obras de Capella - Pe. José Maurício Nunes Garcia

“O Visconde de Taunay relata o um diálogo com Bento das Mercês, arquivista da Capela Imperial e colecionador de manuscritos de José Maurício, ocorrido em 21 de dezembro de 1872, após a realização da Missa do Espírito Santo, quando ouviu pela primeira vez uma obra de José Maurício:
- Porque quer o Sr. saber-lhe o nome [do compositor]? retrucou-lhe o músico carrancudo e rebarbativo.
- Por ter gostado immenso da sua música.
- Pois não sabe que é do grande José Maurício Nunes Garcia?
Negativamente abanou a cabeça o curioso inquisitor.
- Eis ahi, fulminou-lhe o velho cantor depreciativamente. E é deputado! E é deputado!
- Está a missa impressa? onde poderei compral-a? sofregamente indagou o maltratado parlamentar.
- Impressa! retrucou-lhe o músico amarga, acerbamente: Fique sabendo que até hoje, ouviu? _ até hoje! não existe uma só música do nosso José Maurício impressa! Nem uma única! É assim que o Brasil cuida das suas glórias! E trabalhe a gente e se mate por este paiz! Escrever obras primas para serem apreciadas só pelos cupins e as traças!”
(Visconde de Taunay, 1872).
Naquele momento nada havia disponível. Felizmente a situação mudou um pouco e foi exatamente pela cruzada empreendida pelo Visconde de Taunay, no final do século XIX, que a obra de José Maurício foi sendo redescoberta, tendo sido ele peça chave não só na elaboração de inventários do repertório do compositor, mas também no episódio da compra pelo governo federal, no final do século XIX, do espólio de Gabriela Alves de Souza, sobrinha de Bento das Mercês, e que continha um enorme número de manuscritos mauricianos. O acervo adquirido foi depositado na Biblioteca do então Instituto Nacional de Música, hoje Escola de Música da UFRJ. Foi o Visconde de Taunay ainda um incentivador de execuções de obras de José Maurício, tal como na inauguração da Igreja da Candelária no Rio de Janeiro, em 1898, e outras mais.
(extraído de “As Edições de Obras Sacras de José Maurício Nunes Garcia”, por Carlos Alberto Figueiredo, regente e fundador do Coro de Câmara Pro-Arte, pesquisador da música colonial brasileira, em especial a obra de José Maurício Nunes Garcia.)
Obras de Capella - Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
Coral de Porto Alegre com direção de Gisa Volkmann, Carlos Morejano organista e Ernani Aguiar regente.
01. Credo em Dó Maior CPM 122 - 1. Credo in unum Deum (ouça no YouTube)
02. Credo em Dó Maior CPM 122 - 2. Sanctus - Benedictus
03. Credo em Dó Maior CPM 122 - 3. Agnus Dei
04. Psalmus CXXVI CPM 180a - 1. In convertendo Dominus
05. Psalmus CXXVI CPM 180a - 2. Gloria Patri
06. Psalmus CXXXIX CPM 180b - 1. Domine, probasti me
07. Psalmus CXXXIX CPM 180b - 2. Gloria Patri
08. Ave Regina Caelorum CPM 6 - 1. Ave Regina caelorum
09. Ave Regina Caelorum CPM 6 - 2. Gaude Virgo gloriosa
10. Gradual e Ofertório de São Miguel Arcanjo CPM 138/160 - 1. Benedicite Dominum
11. Gradual e Ofertório de São Miguel Arcanjo CPM 138/160 - 2. Stetit Angelus
12. Responsório “Simon Petre” CPM 171 - 1. Simon Petre
13. Responsório “Simon Petre” CPM 171 - 2. Et clavis regni caelorum
14. Responsório “Simon Petre” CPM 171 - 3. Quodcumque ligaveris
15. Responsório “Simon Petre” CPM 171 - 4. Et clavis regni caelorum
16. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 1. Regem Virginum (Invitatório)
17. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 2. Veni Sancte Spiritus (Antífona)
18. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 3. Barbara Virgem (Jaculatória)
19. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 4. Ave Virgo gloriosa (Hymnus Sanctae Barbarae)
20. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 5. Ave Virgo pulchra tota (Hino)
21. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 6. Ave criminis ignara (Hino)
22. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 7. Ave Barbara serena (Hino)
23. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 8. Ave Barbara beata (Hino)
24. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 9. Ave fulgens margarita (Hino)
25. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 10. Bárbara virgem (1ª Jaculatória)
26. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 11. Bárbara virgem (2ª Jaculatória)
27. Novena de Santa Bárbara CPM 65 - 12. Bárbara virgem (3ª Jaculatória)
28. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92 (1809): 1. Te Deum Laudamus
29. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92 (1809): 2. Te Ergo Quae Sumus
30. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92 (1809): 3. Æterna Fac
31. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92 (1809): 4. Dignare Domine
32. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92 (1809): 5. In Te Domine Speravi
Apreciem.
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Pe. José Maurício Nunes Garcia - Missa de Santa Cecília

A missa de Santa Cecília é a última criação do Pe. José Maurício. Foi o seu gran finale, la crema de la crema!

Esta postagem é uma belíssima remasterização da apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira com a Associação de Canto Coral, há exatamente 50 anos, no Teatro Muncipal do Rio de Janeiro.

01. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 01. Kyrie (ouça no YouTube)
02. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 02. Gloria
03. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 03. Gloria. Et in terra pax
04. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 04. Laudamus Te
05. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 05. Domine Deus
06. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 06. Qui tollis. Qui sedes
07. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 07. Quoniam
08. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 08. Cum Sancto Spiritu
09. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 09. Credo. Patrem omnipotentem. Et incarnatus est
10. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 10. Crucifixus
11. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 11. Et resurrexit
12. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 12. Sanctus. Benedictus
13. Missa de Santa Cecília CPM 113 - 13. Agnus Dei

Associação de Canto Coral (Cleofe Person de Mattos, regente)
Orquestra Sinfônica Brasileira (Edoardo de Guarnieri, regente)
Teatro Municipal do Rio de Janeiro

7 de setembro de 1959


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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) - Methodo de Pianoforte


“O Methodo de Pianoforte, datado de 1821, escrito expressamente para o aprendizado de seus filhos Apollinário José e José Maurício, reflete a pedagogia usada pelo mestre no trabalho de formação de profissionais de música. Compreende um conjunto de peças, agradáveis de se estudar, tocar e ouvir, divididas em duas séries de 12 lições (1ª Parte e 2ª Parte) e 6 Fantezias. Depois das primeiras lições rudimentares, as peças vão evoluindo em dificuldade técnica e interpretativa. Além de melodias originais, de fácil assimilação, criadas para o Methodo, José Maurício não hesitou em fazer citações de melodias conhecidas de outros compositores: assim encontramos Haydn na 7ª Lição da 2ª Parte e Rossini na 5ª Lição da 2ª Parte. Citou também a sí próprio nas Lições 9, 11 e 12 da 1ª Parte, usando melodias de seu belíssimo Requiem, aproveitando também a música de caráter popular da época, o que nos faz lembrar o notável Gyermekeknek (Para Crianças) de Bartók. Foi acrescida a Peça para Piano, de José Maurício, salva do esquecimento total graças ao primeiro “mauriciano”: o Visconde de Taunay.

Ruth Serrão, pianista e mestra, cuja dedicação à música brasileira é digna dos maiores louvores, consolida aquí o trabalho iniciado em 1980, com o resgate da obra para teclado de José Maurício.”
(Ernani Aguiar, da Academia Brasileira de Música)

1. Primeira Parte: 1ª Lição em dó maior - 2ª Lição em dó maior
2. Primeira Parte: 3ª Lição em dó maior - 4ª Lição em dó maior
3. Primeira Parte: 5ª Lição em dó maior - 6ª Lição em dó maior
4. Primeira Parte: 7ª Lição em ré maior
5. Primeira Parte: 8ª Lição em dó maior
6. Primeira Parte: 9ª Lição em dó maior
7. Primeira Parte: 10ª Lição em dó maior
8. Primeira Parte: 11ª Lição em ré maior
9. Primeira Parte: 12ª Lição em ré menor
10. Segunda Parte: 1ª Lição em dó maior
11. Segunda Parte: 2ª Lição em ré maior
12. Segunda Parte: 3ª Lição em mí maior
13. Segunda Parte: 4ª Lição em fá maior
14. Segunda Parte: 5ª Lição em sol maior
15. Segunda Parte: 6ª Lição em lá maior
16. Segunda Parte: 7ª Lição em si maior
17. Segunda Parte: 8ª Lição em ré bemol maior
18. Segunda Parte: 9ª Lição em mí bemol maior
19. Segunda Parte: 10ª Lição em sol bemol maior
20. Segunda Parte: 11ª Lição em lá bemol maior
21. Segunda Parte: 12ª Lição em si bemol maior
22. 1ª Fantezia em dó maior
23. 2ª Fantezia em fá maior
24. 3ª Fantezia em sol maior
25. 4ª Fantezia em dó maior
26. 5ª Fantezia em ré maior
27. 6ª Fantezia em dó maior
28. Peça para piano

Ruth Serrão, pianista, 1982.

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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) - Missa de Nossa Senhora do Carmo



















1. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 1. Kyrie
2. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 2. Gloria In Excelsis
3. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 3. Laudamus Te
4. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 4. Gratias
5. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 5. Domine Deus
6. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 6. Qui Sedes
7. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 7. Quoniam
8. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 8. Cum Sancto Spiritu
9. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 9. Patrem Omnipotentem
10. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 10. Et Incarnatus
11. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 11. Crucifixus
12. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 12. Resurrexit
13. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 13. Sanctus Dominus Deus
14. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 14. Hosanna In Excelsis
15. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 15. Benedictus Qui Venit
16. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 16. Hosanna In Excelsis
17. Missa de Nossa Senhora do Carmo - 17. Agnus Dei Qui Tollis Peccata Mundi

* La Passion du Baroque Brésilien
* Associação de Canto Coral, dirigido por Cleofe Person de Mattos. (Em 1963, no Rio de Janeiro, a ACC prestou homenagem ao recém-falecido Papa João XXIII apresentando a “Missa de 1948″ de Stravinsky, sob a regência do próprio Stravinsky, que não poupou elogios à performance do Coral)
* Camerata Rio de Janeiro, regida por Henrique Morelenbaum
* 1991

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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) - Missa Pastoril para a Noite de Natal


Numa primorosa digitalização, apresentamos um LP de 1965 da Associação de Canto Coral, dirigida pela maestrina e musicóloga Cleofe Person de Mattos. Uma raridade!

Missa Pastoril para a Noite de Natal: uma delicadeza. IM-PER-DÍ-VEL! (™PQP)

A Missa Pastoril para a Noite de Natal data do ano de 1811: consegue refletir na singeleza e ternura inerentes ao espírito da noite de Natal, as ciscunstâncias que lhe determinaram o aparecimento. Por um lado, a ingenuidade da invenção melódica, de feição pastoral, em um 6/8 que envolve diversos momentos da missa com a mesma idéia cuidadosamente articulada nas formas tradicionais. Essa unidade temática confere à Missa Pastoril caráter repousante, que é reforçado pelo balouçante movimento rítmico que lhe serve de base.
(da contra-capa)

1. Kyrie
2. Gloria
3. Laudamus Te
4. Gratias
5. Qui Tollis
6. Qui Sedes
7. Cum Sancto Spiritu
8. Credo
9. Et Incarnatus
10. Crucifixus
11. Et Resurrexit
12. Sanctus
13. Benedictus
14. Agnus Dei

Música na Corte Brasileira - Vol. 2 - Missa Pastoril
Paulo Fortes, barítono
Dircéia Amarim, soprano
Maura Moreira, contralto
Isauro Camino, tenor
Orquestra da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro, regência de Francisco Mignone
Coro da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro, direção de Cleofe Person de Mattos
1965

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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) - Missa de Nossa Senhora da Conceição & Credo em Sí bemol























José Maurício Nunes Garcia, é o exemplo máximo de todo o avanço em direção à linguagem tida como mais moderna e ao gosto da corte, seguindo os modelos da ópera italiana dos primeiros anos do século XIX, para a qual Marcos Portugal, Paisiello, Cimarosa e, posteriormente, Rossini serviram de modelo.

O tempo de José Maurício à frente da Real Capela é claramente um período de transição estilística entre suas duas práticas, já há muito estabelecidas pelos pesquisadores de sua obra: antes e depois da chegada da corte. Se, antes, escrevia para grupos pequenos e possivelmente com limitações técnicas, vê-se obrigado, a partir de então, a escrever uma música mais brilhante e virtuosística, com o objetivo de se aproximar do “estilo da Capela Real”. O que justamente caracteriza este período como de transição é a síntese através da qual José Maurício adapta sua música e sua linguagem, obtendo um estilo híbrido em sua criação, ainda com resquícios fortes da primeira fase, mas já alçando vôos em direção ao estilo que iria caracterizar sua segunda fase: mais madura e moderna.

A grande obra do período de José Maurício à frente da Real Capela é sem dúvida a Missa de Nossa Senhora da Conceição para 8 de dezembro de 1810. É a obra mais complexa e grandiloquente das que havia composto até então, e uma das mais sofisticadas de toda a sua carreira, composta num momento de plena maturidade: José Maurício contava com 43 anos.

A Missa da Conceição (C.P.M. 106) unida ao Credo em Sí bemol (C.P.M 129) é sua primeira missa com coro e grande orquestra, e apresenta uma mudança do estilo severo empregado nos tratamentos anteriores ao mesmo texto. É uma obra com características únicas em sua criação, pois conta com estruturas e elementos que não virão a se repetir, mesmo em obras posteriores, como a utilização de uma orquestração extremamente refinada com divisões em todas as cordas, a presença de um sexteto solista e, principalmente, o uso de três grandes processos imitativos chamados de fugas ou fugatos.
(Ricardo Bernardes, musicólogo e maestro, editor da Missa de Nossa Senhora da Conceição, do Padre José Maurício).

Missa de Nossa Senhora da Conceição para 8 de dezembro de 1810 (faixas 01 a 16)
01. Kyrie
02. Christie (fuga)
03. Kyrie
04. Gloria
05. Et in terra pax hominibus
06. Gloria
07. Laudamos te
08. Gratias agimus tibi
09. Propter magnam gloriam tuam
10. Domine Deus
11. Qui tollis peccata mundi
12. Suscipe deprecationem
13. Qui sedes ad dexteram Patris
14. Quoniam tu solus sanctus
15. Cum Sancto Spiritu
16. Cum Sancto Spiritu (fuga)
Credo em Sí bemol (faixas 17 a 27)
01. Credo
02. Et incarnatus est
03. Crucifixus
04. Et resurrexit
05. Cujus regni
06. Et vitam venturi saeculi
07. Sanctus
08. Hosanna in excelsis
09. Beneditus
10. Hosanna in excelsis
11. Agnus Dei

University of Texas at Austin Chamber Singers, James Morrow (dir)
Sacred Music of José Maurício Nunes Garcia

1995

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Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros - Madrigal Cantátimo & Orquestra de Câmara de Indaiatuba.


Com o patrocínio da Fundação do Banco do Brasil, o Maestro Marcelo Antunes Martins executou um trabalho dividido em 3 fases:

1. Pesquisa e digitalização de partituras sobre manuscritos dos séculos XVIII e XIX, que se encontram nos arquivos do Museu da Música de Mariana, MG, e que contou também com a colaboração de importantes musicólogos brasileiros, além de pesquisas realizadas em outros museus como o Lira Sanjoanense de São João Del-Rei, MG; Museu da Inconfidência de Ouro Preto, MG e Museu Carlos Gomes de Campinas, SP. O foco da pesquisa foi a produção musical dos grandes mestres mineiros durante o chamado Ciclo do Ouro. Essas partituras foram distribuidas gratuitamente para escolas, bibliotecas e grupos interessados nos estudos de música brasileira. Esta fase durou 9 anos.

2. Gravação do CD Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros - Interpretação do Madrigal Cantátimo e solistas convidados, acompanhados por uma orquestra de câmara formada com instrumentos da época (réplicas dos séculos XVIII e XIX), sob a direção do Maestro Marcelo Antunes Martins, em 1998. Foram distribuidos gratuitamente 10.000 exemplares pelo Brasil e posteriormente o Selo Eldorado assumiu a distribuição comercial do produto, o qual se encontra esgotado há anos.

3. Turnê realizada pelas principais capitais brasileiras e centros de observação de música antiga.

Anônimo (Séc. XVIII)
1. Tu qui legis in omni
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
2. Magnificat
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746 - Rio de Janeiro, 1805)
3. Ave Regina Cælorum
4. Gradual o para Domingo da Ressurreição
5. Laudate pueri Dominum
6. Regina Cœli laetare
7. Ladainha dos solos
Anônimo (Séc. XVIII)
8. Improperium “Adoração da Cruz”
9. In pace in idpisum dormiam
10. Veni Creator
11. Veni Sancte Spiritus
12. Ave Maris Stella (participação especial: Banda Villa-Lobos)

Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros - Madrigal Cantátimo & Orquestra de Câmara de Indaiatuba, SP
Maestro Marcelo Antunes Martins
1998

Apreciem!

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CREATOR ALME - Pe. José Maurício Nunes Garcia & Manoel A. de M. Senra & Francisco Gomes da Rocha & José R. D. de Meirelez & Jerônimo de Souza Lobo & J

O Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) apresenta o inspiradíssimo, maravilhoso Moteto ao Pregador escrito para solista e orquestra, em duas versões: Te Christe solum novimus e Creator Alme siderum. Ambas versões possuem estrutura musical e de texto semelhantes. A musical do Creator Alme siderum é mais desenvolvida, possui longa introdução instrumental e escrita virtuosística para o solista.

A partitura da Ave Maria, de Manoel Augusto de Medeiros Senra (Séc. XIX, Coimbra, MG), é destinada a uma voz de soprano solo com acompanhamento instrumental com flauta, clarineta, piston, ophecleid, violinos I e II e contrabaixo. Para esta gravação foram incluídos violoncelo e trompa.

O Invitatorium, de Francisco Gomes da Rocha (1746-1808, Vila Rica, MG), apresenta uma escrita coral de clara textura homofônica. Os violinos realizam um contraponto elaborado à base de semicolcheias apoiadas por notas harmônicas das trompas. O baixo instrumental realiza um apoio com variantes ao baixo vocal. Obra editada por Harry Lamott Crowl, Jr.

Ária escrita para soprano solo acompanhada de conjunto de cordas, a peça Lingua benedicta de José Rodriguez Dominguez de Meirelez (séc. XIX, Pitanguí, MG), não apresenta alterações de andamento e o estilo é bastante influenciado pela ária de ópera italiana. A parte do solista tem uma escrita refinada com coloraturas de ligeiro virtuosismo.

Jerônimo de Souza Lobo (17xx-1803, Vila Rica, MG), além de compositor, atuava como violinista, organista e regente na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto. Sua obra O Patriarcha Pauperum possui clara influência da ópera, tanto na escrita como no conteúdo.

José Joaquim da Paixão (Lisboa, c. 1770 - Funchal, c. 1820), de quem se tem poucas referências, teve algumas de suas obras circulado em terras brasileiras nos séculos XVIII e XIX. O Vere Christe possui momentos de virtuosismo percebendo-se influências do italianismo que predominou na época. O Tremit mundus muito se assemelha à obra anterior e conserva a mesma organização estrutural apresentando lirismos na voz solista apoiada pelo conjunto instrumental.

Tractos, Missa e Vésperas, de Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813), é música para o Sábado Santo. Para a Vigília são quatro os tratos, versículos que se cantam nas épocas de penitência logo após o gradual em substituição à Aleluia. Para a Missa da Tarde foram especialmente compostos todos os cânticos, exceto os que, como o Kyrie e o Glória, fazem parte do ofício ordinário.
(texto adaptado do encarte)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
1. Te Christe solum novimus (Moteto ao Pregador)
2. Creator alme siderum (Moteto ao Pregador)

Manoel Augusto de Medeiros Sena (Séc. XIX, Coimbra, MG)
3. Ave Maria
Francisco Gomes da Rocha (1746-1808, Vila Rica, MG)
4. Invitatorium
José Rodriguez Dominguez de Meirelez (séc. XIX, Pitanguí, MG)
5. O lingua benedicta
Jerônimo de Souza Lobo (17xx-1803, Vila Rica, MG)
6. O Patriarcha pauperum (Moteto ao Pregador para a festa de São Francisco de Assis)
José Joaquim da Paixão (Lisboa, c. 1770 - Funchal, c. 1820)
7. O vere Christe (Moteto ao Pregador)
8. Tremit mundus

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
9. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 1. Cantemus Domino
10. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 2. Vinea facta est
11. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 3. Attende Caelum
12. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 4. Sicut servus - Alleluia
13. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 5. Confitemini
14. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 6. Laudate Dominum
15. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 7. Vespere autem
16. Tractos, Missa e Vésperas de Sábado Santo 8. Magnificat

Creator Alme - 2005
Coro e Orquestra Domine Maris, regente: Modesto Flávio
Soprano solo: Katya Oliveira
Mezzo-Soprano: Edinea Pacheco Stikan
Baixo (convidado): Lício Bruno
Tenor: Fabrício Miyakawa

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